MORAL EM KANT E ARISTÓTELES
Enquanto para Aristóteles a moral está ligada viver uma vida feliz, em Kant a moral é a liberdade de ir contra as pulsões naturais com o uso da razão. Nas palavras de Kant, a moral seria o triunfo da razão sobre a inclinações.
Kant tem um pensamento extremamente excludente ao de Aristóteles. Este que pensava que a moral estava na finalidade, isto é, identificação das virtudes alinhada com execução. Por exemplo, O Neymar tem sua virtude, jogar futebol. Viveu uma vida boa quando joga bem. Portanto, jogar bem é sua finalidade. O outro, que a moral está na "boa vontade", ou seja, porque se fez o que se fez. Se você fez o certo, porque é certo, independente da finalidade, então você entendeu o que é moral.
Kant pensa que todos os atributos, são na verdade, ruins se por trás não houver uma boa vontade, isto é, porque você fez o que fez. Atributos como dinheiro serve para mandar, beleza para crueldade e força para matar. A única coisa boa em si, é a boa vontade.
A boa vontade se resume em "desinteresse". Se você fez o que fez, independente se você vai se dar bem ou não, se você vai se foder ou não, sem visar as consequências, então você sabe o que é boa vontade.
Kant diz que para sermos digno de moral, devemos agir "por dever" e não "pelo dever." - Devo ajudar porque é certo, e não porque serei ajudado depois. Darei o meu melhor porque é certo me entregar a aquilo que faço e não porque meu chefe tá me cobrando. Devo pagar porque é certo e não porque tem uma câmera me filmando.
Para que seja cumprida essa lei interna, a moral, Kant irá propor dois imperativos.
Imperativo quer dizer, que impõe, que faz. Ele sabia muito bem como as pessoas são, então para a execução da lei em qualquer circunstância ele irá propor o imperativo categórico. Este funciona quando você se faz uma auto-análise e percebe se sua máxima pode ou não virar uma lei universal. Se todos podem fazer aquilo da mesma forma, então é certo fazer, portanto digno. "Sou professor, estou dando aula de uma forma que eu gostaria de ouvir?" se a resposta for sim, a sua máxima é universal. Kant viu a necessidade de aplicar um imperativo categórico para resolver todos os casos em qualquer circunstância. O imperativo categórico nada tem a ver com finalidade, mas com desinteresse.
O segundo é o imperativo hipotético. Este se fundamenta no interesse da causa. Para melhor compreender, na finalidade. Vou fazer X para obter Y! Ai esta o coração do imperativo hipotético. Poderíamos dizer que este é feito para aqueles que são regidos pelo instinto, como os gatos por exemplo. Não para humanos. ato que nasce gato morre gato, nunca busca melhorar seu meio. Gatos não se reúnem para discutir o futuro da gatolandia. Gato do jeito que nasce morre, não escolhe nada.
Professor: Ricardo Bezerra
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