AUTOENGANO: MECANISMO DE DEFESA CEREBRAL
Eis que você sofre com um término de um relacionamento romântico. Você se pega numa delicada situação de tristeza. A beira, muitas vezes, de uma depressão.
Nós seres humanos subestimamos a capacidade de resiliência da nossa máquina hipercomplexa, que é o cérebro. Achamos que essa dor vai durar pra sempre, que nunca mais vamos ser felizes como antes, e tudo será diferente daqui pra frente. O parceiro ou parceira que vai embora acaba se tornando um demônio da perversidade. Queremos nos livrar de um pensamento negativo, pensando em não pensar mais no negativo, o que nos torna cada vez mais preso na jaula que nós mesmos criamos. (Ora, tente não pensar em 'pipoca'. E você pensou em pipoca).
Mas nosso cérebro veio muito bem equipado com mecanismos de defesa, inconsciente e automático, justamente para lidar com esse tipo de situação, como o autoengano. coisa que Freud já sabia a muito tempo. Esse mecanismo de defesa age como se fosse um sistema imunológico especificamente do cérebro, e as implicações que ele nos traz é que, as nossas dores são meramente passageiras e tendem a não durar muito. Cerca de 6 meses a 1 ano o seu autoengano começa a dizer coisas como: Não era pra ser mesmo. Eu sabia que não ia dar certo. Não somos feitos um pro outro. Ainda bem que acabou! E você segue a vida normalmente retornando aos níveis normais de felicidade.
Professor: Ricardo Bezerra
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